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Jorge Pedrosa

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segunda-feira, 15 de março de 2010

"RITUAL SATI"

Sati ou Suttee é um antigo costume entre os hindus, hoje em dia estritamente proibido pelas leis do Estado Indiano, que obrigava (no sentido honroso, moral, e prestigioso) a esposa viúva devota a se sacrificar viva na fogueira da pira funerária de seu marido morto.
O historiador Aristóbulo de Cassandréia que acompanhou Alexandre, O Grande em sua épica viagem à Índia já descreveu um sati presenciado pelas tropas gregas na cidade de Taxila, uma localidade histórica atualmente pertencente ao território paquistanês.
Entre outros exploradores europeus, o português Barbosa visita o império Vijayanagar, em 1510, onde ele presencia um Sati, uma prática que segundo ele era prevalente na comunidade xátria.
Apesar da proibição governamental, existem dezenas de relatos de ocorrências de satis nas últimas décadas, tão recentes quanto ao ano 2006. A erradicação de uma prática cultural tida como nobre exige um esforço contínuo por parte das autoridades oficiais.
Existem variações dessa prática, por exêmplo, há registros de satis simbólicos; e satis de enterramento vivo em comunidades onde a prática excepcional de enterramento prevalece, divergindo do padrão da cremação.
A prática do sati pode suscitar várias especulações de cunho antropológico-social, fazendo surgir hipóteses tais como a prevenção de um possível assassinato do marido (por exemplo, por envenamento, como já acreditavam os gregos antigos que tiveram contato com tais aspectos da cultura milenar indiana), dada dinâmica de mestre x escravo nesses casamentos tradicionais; a outra é a bem estabelecida diminuição de interesse por parte da família da viúva em manter mais uma boca a ser mantida e sustentada em seu lar. O fato da viúva indiana até hoje em dia ter que enfrentar grandes dificulades financeiras e a perda de prestígio social perante a sua sociedade parece confirmar tais especulações conceituais (lembrando que uma vez casada a noiva, via regra, muda-se para a casa dos pais do novo marido).

Práticas culturais comparadas
Compare-se a prática da auto-imolação das viúvas de certas comunidades indianas com aquela dos vikings, anglo-saxões, e germânicos na qual a sua principal escrava (na prática, sua esposa) devia morrer acompanhando o seu mestre em seu barco funerário que, de acordo com o costume antigo, era incendiado e lançado ao mar.

Comentário:

Agente vê cada uma Vixe!

fonte: Wikipedia

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